Entrego-me a ti
Como a terra sedenta que se deixa embeber pelas chuvas esparsas
Mergulho-me em ti
Como a própria terra que em si se afunda a procura das águas em suas próprias profundezas
Sou eu a terra que a chuva aguarda
Enquanto és tu o dilúvio que me aplaca a sede
E sou eu ninguém
Esperando teu ser para que eu possa ser
E então serei a própria perfeição
Já que estarás em mim e seremos apenas um
(Dinho, eu mesmo - 09/2011)