terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Existência...?



Embora não se possa confiar no futuro,
                       Porque este é sempre imprevisível,
                                               Sou eternamente sonhador;
Sou desejoso e não durmo sem antes fantasiar uma vida inexistente...


Embora não se possa ressuscitar o passado,
Porque este não volta senão na forma de dejavú 
(com ilusões nossas ou alguém vivendo – assim cremos – o que um dia vivemos),
Sou eternamente nostálgico; olho sempre para trás,  a resgatar minha inocente infância e torná-la infinta.


Embora não se possa evitar o presente,
Senão por meio da autossupressão da vida,
Estou sempre tentando um hiato entre o que já se foi e o que pode não vir;
Estou efetivamente vagando entre dois tempos longínquos, mas sem por os pés na era que a eles me une.


Sou nostálgico sonhador,

                   Mas também sou um sonhador nostálgico.

                                         No entanto, evito e sempre o que agora me existe...

(Dinho, eu mesmo - 09/2008)

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