Não estou
A perder-me de vista
Nos horizontes alheios do mundo,
Que o destino incerto me engula e me invista
Em repente futuro fecundo...
Sumo-me e não me vejo
Estagnado num mundo fixo;
Pois o fixo não me dá ensejo
E o previsto é sempre monótono, prolixo...
Ao leste, ao sul; ao oeste ou ao norte...
Não sei e não me sinto confuso;
Porque não tenho direção que me importe
Querendo alguém me encontrar em lugar algum,
Que não me cace onde me exija pouso.
O nomadismo, pois, é minha vida comum,
E sob copas e céus incertos é onde repouso...
(Dinho, eu mesmo - Agosto de 2010)
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