quarta-feira, 12 de dezembro de 2012


Para pensarmos um pouco

Nem sempre um coração em paz implica um homem pacífico. 
Pois se sua consciência não discerne o que é alteridade,
Seu peito esquerdo não repousará sob outro estado senão o de paz.



Dinho, eu mesmo  - 10/2011 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Binóculos

Tenho meus óculos sobre a estante
E tenho meus olhos sobre a poltrona.
Estes daqueles não saem um instante,
Pondo meu eu à imagem matrona.


                                  Por eles sou o que sou: um normal:
                                  Que não pode a vida sem suas lentes;
                                  Que não pode ser vivo sem canal;
                                  Que não pode excetuar-se das gentes...


                                              Tenho meus olhos e tenho meus óculos,
                                              E, através deles, um mundo feliz,
                                              Até que alguém me ofereça binóculos.


                                                                Então revejo tudo o que não fiz,
                                                                E meus regalos em tão falsos rótulos.
                                                                Agora, veja, sou louça... sou de giz...




(Dinho, eu mesmo - 05/2009)
                                                 

sábado, 20 de outubro de 2012




CONSCIÊNCIA NEGRA!?

Minha consciência não é negra nem parda!
Minha consciência não é gorda nem magra!
Minha consciência não é turva nem pálida!
Minha consciência não é nula nem válida!

Mas tão uma quanto o branco a todas as cores
E tão plural quanto o próprio cosmos.

Pois então, meus claros amigos
– claros, mas de obscuros instintos –,
Seria a minha consciência, em quaisquer jazigos,
Identificável por elementos distintos?

Não fez o Demiurgo um só tipo de peixe;
Não fez ele ainda um só tipo de ave;
Você, com sua consciência (in) color, que se feche!
Que não se abra com a consciência racial como chave.

Sim, sou racialmente distinto de vocês,
Mas tão e somente para compor a humanidade.
Não sou desumano por ser negro ou escocês;
E, por fim, minha origem não é minha dignidade.

(...).

Dinho, eu mesmo – 10/2012

quinta-feira, 27 de setembro de 2012



Madrugada...

Senhora dos sonos profundos,
Matrona dos sonhos profusos...
Que adjetiva homens confusos,
Por seus próprios males difusos,
Como seres donos dos mundos,

Fazei com que neles a paz
– Esta que tanto nos apraz –
Embale seus dias a mais.
E que fique assim para trás,
Não voltando à tona jamais,
Seus atos de vida audaz.

Nobre Madrugada...
Clareie dos homens a consciência,
Tornando-a pura inocência,
Tal qual na criança está em vigência
E que na fase adulta é tão deturpada.

Nobre Madrugada...
Eis o singelo pedido que faço:
Regule do homem cada passo,
Para do mundo que cada espaço
Não tenha o viver escasso,
E não seja a humanidade por ela mesma subjugada...

Dinho, eu mesmo - 09/2012


sábado, 28 de janeiro de 2012

Momento Filosofia Barata:

"Quando alguém opta por viver sobre o pedestal da excessiva autoimportância e, consequentemente, da prepotência, esse alguém perde amigos e ganha bajuladores. Em outros termos, ele troca a franqueza e a autoconsciência de si existentes no (s) amigo (s) pelas fraqueza e menoridade (racional) existentes no (s) bajulador (es)."

                                                                                     Dinho, eu mesmo - 01/2012