sábado, 20 de outubro de 2012




CONSCIÊNCIA NEGRA!?

Minha consciência não é negra nem parda!
Minha consciência não é gorda nem magra!
Minha consciência não é turva nem pálida!
Minha consciência não é nula nem válida!

Mas tão uma quanto o branco a todas as cores
E tão plural quanto o próprio cosmos.

Pois então, meus claros amigos
– claros, mas de obscuros instintos –,
Seria a minha consciência, em quaisquer jazigos,
Identificável por elementos distintos?

Não fez o Demiurgo um só tipo de peixe;
Não fez ele ainda um só tipo de ave;
Você, com sua consciência (in) color, que se feche!
Que não se abra com a consciência racial como chave.

Sim, sou racialmente distinto de vocês,
Mas tão e somente para compor a humanidade.
Não sou desumano por ser negro ou escocês;
E, por fim, minha origem não é minha dignidade.

(...).

Dinho, eu mesmo – 10/2012

2 comentários:

  1. Nossa Dinho, saudades de ler suas poesias... Parei de escrever, mas agora me deu até vontade de voltar. Belas palavras viu.

    Quando vem a próxima? E a minha (que ainda não vi)? rs

    Bjoks... Guri!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Bel!
      Agradeço sua atenção. Quanto ao próximo poema, ultimamente eu estou a passos de lesma, o que significa que o "seu" também demorará um pouco (kkkkkk). Mas um dia ele virá.

      Beijão, guria.

      Excluir